Campos do Jordão – SP

Hoje vamos falar de um dos destinos turísticos mais charmosos do Brasil: Campos do Jordão!

A cidade de Campos do Jordão está situada a mais de 1700 metros de altitude, no coração da Serra da Mantiqueira em São Paulo. Um roteiro glamouroso para quem gosta de curtir o friozinho em alto nível.

Paisagem Típica
Pórtico da Cidade
Vista do Teleférico
O inverno é considerado a estação “que ferve” em Campos do Jordão. A região fica lotada de artistas, visitantes e turistas, principalmente em julho, pois, além do mês das férias escolares e da Festa das Cerejeiras em Flor, acontece o Festival Internacional de Inverno, considerado o maior evento da música clássica da América Latina.

A cidade também é conhecida como a “Suíça brasileira”. A arquitetura europeia, o clima ameno (temperaturas variando entre 08 e 17 graus) e a tradição dos chocolates fazem valer a referência.

Campos do Jordão possui vários atrativos turísticos e culturais, belas paisagens naturais e excelente infraestrutura para os visitantes como pousadas, hotéis, restaurantes, bares, lojas e pontos de táxis.

Vila Capivari
Mapa Turístico
Arquitetura Europeia
Os principais encantos e sabores da cidade são:

* Vila Capivari (centro da cidade):
O bairro mais famoso de Campos do Jordão, com construções em estilo europeu e agitada vida noturna. Concentra o maior número de restaurantes, bares, lojas de artesanatos e chocolates, galerias de roupas e malhas e hotéis.

* Palácio Boa Vista (museu):
Residência oficial de inverno do governo de São Paulo. É aberto à visitação (gratuita) de quarta a domingo (quando não há hospedes no palácio). O museu abriga mobiliários dos séculos XVII e XVIII, antiguidades e obras de artistas contemporâneos como Tarsila de Amaral, Victor Brecheret e Di Cavalcanti. Endereço: Avenida Doutor Ademar de Barros, 3001 - Alto da Boa Vista. Telefone: (12) 3668-9700 / (12) 3668-9759 ou (12) 3662-1122.

* Parque Estadual (Horto Florestal):
O Parque Estadual Campos do Jordão, também conhecido como Horto Florestal, abriga uma importante parte remanescente da Mata Atlântica. Araucárias centenárias, trilhas para caminhadas, fauna diversificada, lagos e cachoeiras se harmonizam numa área de mais de 8.300 hectares. Endereço: Av. Pedro Paulo, s/n°. Telefones: (12) 3663-3762 ou (12) 3663-1977.

* Teleférico (Morro do Elefante):
O Teleférico de Campos de Jordão é bem bacana. Foi o primeiro do Brasil construído para levar passageiros e começou a funcionar em 1970 ligando Capivari ao Morro do Elefante (onde é possível ter uma vista panorâmica da cidade). O percurso, de 560 metros, dura uns cinco minutos. Funcionamento de quinta a domingo das 10h às 17h. Ingressos a R$ 12,00 por pessoa. Endereço: Rua Dr. Marco Antônio Cardoso, 240 – Capivari. Telefone: (12) 3663-1530.


 * Pórtico de Campos do Jordão:
Um dos principais cartões postais da cidade. É onde fica o Centro de Informações Turísticas. Endereço: Avenida Emílio Ribas - Vila Capivari. Telefones: (12) 3663-1098 ou (12) 3663-1235.


Teleférico
Palácio Boa Vista
Parque Estadual
* Gastronomia:
Campos do Jordão possui muitos restaurantes com comida contemporânea, pizzarias, churrascarias e self-services. As cervejas artesanais, as receitas com trutas, as massas italianas, as fondues e a culinária europeia fazem muito sucesso no circuito gastronômico da cidade. O que não pode deixar de ser visitado é a cervejaria Baden Baden (para conhecer o processo de fabricação da cerveja artesanal) e a fábrica de chocolates Araucária (onde o visitante pode conhecer o processo de fabricação do chocolate artesanal).

* Ducha de Prata:
Formada por várias duchas artificiais, foi construída com intuito de atrair visitantes para Vila Inglesa. Uma opção interessante para quem deseja adquirir produtos da cidade como chocolates, camisetas, cartões postais e artesanatos em geral. A melhor opção para conhecer este lindo recanto é pegando o Trenzinho da Montanha (saídas no centro de Capivari). O roteiro City Tour percorre vários pontos da cidade e faz parada na Ducha de Prata (entrada é gratuita). O passeio de trem, que na verdade é um micro ônibus adaptado e super colorido, custou R$ 15,00 por pessoa.

* Galeria das Malhas:
Na Vila Capivari não falta opções de lojas e galerias para comprar malhas e roupas de frio, mas a que mais me agradou foi a galeria das malhas em frente à rotatória do cavalo. Endereço: Emílio Lang Junior, 40 – Capivari. Fique de olho, pois muitos produtos chineses estão comercializados.

*Araucárias, Cerejeiras e Plátanos:
A árvore considerada como símbolo de Campos do Jordão é a Araucária. Está representada tanto no brasão quanto nas calçadas da cidade. Erroneamente, se pensa que o símbolo oficial de Campos do Jordão é o Plátano, uma
bela árvore que faz parte da paisagem de toda a região, tornando-se uma referência local. Já as Cerejeiras foram trazidas por imigrantes japoneses na década de 20. Elas foram plantadas próximo ao Palácio Boa Vista e no Parque das Cerejeiras (Vila Albertina).

Cerejeiras
Ducha de Prata
Araucárias
Importante:
* Viajei em 2012, por isso, os preços podem não ser os praticados atualmente.


* Em sua viagem a Campos do Jordão não se esqueça de levar casacos, luvas, meias de lã, tênis e protetor labial.


* As visitas à cervejaria Baden Baden deverão ser agendadas com antecedência (R$ 15,00 por pessoa). Telefone: (12) 3664-2004.

* É possível fazer outros passeios no Trenzinho da Montanha. Os preços variam de R$ 15,00 a R$ 30,00. Saídas com 25 pessoas. Taxas de visitação não inclusas. Informações: (12) 9115-9732.

* Táxis regulares
: Vila Capivari - (12) 3663-1919.
Vila Abernéssia – (12) 3662-3003 / (12) 3662-1036 / (12) 3662-2444.
Vila Jaguaribe - (12) 3662-2525 / (12) 3662-3131 / (12) 3662-3688.

* O transporte coletivo em Campos do Jordão é feito pela empresa Viação na Montanha. Ela interliga os bairros da cidade ao centro. Telefone: (12) 3664 6699. As saídas para Campos do Jordão partem de várias cidades de São Paulo. A rodoviária de Campos do Jordão fica na Rua Benedito Lourenço, 285 - Vila Jaguaribe. Telefone: (12) 3662 1995.

Dicas:
* Ficamos hospedados no Hotel Surya-Pan. Um lugar charmoso, com muita privacidade e conforto.
Veja em: www.suryapan.com.br

* Também almoçamos no restaurante Cantinho da Serra. Amplo, com bom preço e comida no fogão a lenha.
Veja em: www.restaurantecantinhodaserra.com.br

* Fábrica de chocolates Araucária: Rua Amadeu Carletti Jr., 255 - Vila Jaguaribe. Entrada gratuita.
Telefone: (12) 3668-9581.


Calçada em Capivari
Hotel Surya-Pan
Trenzinho da Montanha

Curiosidades:
* O nome Serra da Mantiqueira vem do Tupi, que quer dizer “montanha que chora”. Este nome foi dado devido a grande quantidade de nascentes, cachoeiras e riachos na região.

* A Araucária, também conhecida como Pinheiro Brasileiro, foi declarada árvore símbolo de Campos do Jordão nos termos da Lei Municipal de 1.264 em 15 de julho de 1981. É uma árvore típica da Serra da Mantiqueira e região sul do Brasil. Seu nome é uma palavra latina que significa "folha estreita".

* O Parque das Cerejeiras fica na Avenida: Tassaburo Yamaguchi, 2173 - Vila Albertina. É onde acontece a Festa das Cerejeiras em Flor no final de julho e início de agosto. O evento celebra a cultura japonesa em Campos do Jordão. Informações sobre a festa: (12) 3662-2911.

* A Festa da Cerejeira em Flor relembra o “HANAMI”, festividade realizada no Japão em comemoração a florada das cerejeiras.



Obrigada e até mais!

Cuba! A maior ilha do Caribe! - Diário de Viagem em 10 postagens

Bandeira cubana
Minha viagem a Cuba foi desejada desde que eu era bem pequena. Lembro-me de um professor do ginásio (isso mesmo, na minha época era assim que se chamava o ensino fundamental II) falando sobre revolução cubana, socialismo, comunismo e coisas do gênero. Como boa aquariana que sou, senti um enorme desejo de conhecer este intrigante país. No ano de 2010 consegui realizar meu sonho de ir a Cuba, sendo minha primeira viagem internacional. Fiz uma ampla pesquisa na internet para saber algo sobre a história, cultura etc., porém, as informações sobre o país eram escassas. Poucos brasileiros viajam para lá. Montei meu roteiro com as informações que consegui no nos websites de turismo e com o diário de viagem da Carla (carlacsiqueira@yahoo.com.br). Escolhi o mês de setembro, pois é uma época de muito calor (passa dos 30 graus) e baixa temporada (preços são mais atrativos). Também é a época dos furacões, mas nem de longe passaram por lá...

Varadero - Matanzas
Trinidad de Cuba - Sancti Spiritus
Carros antigos - Ford 1957
Comprei a passagem de avião da Copa Airlines em uma agência em Copacabana (Lebanon Turismo) com mais ou menos 01 mês de antecedência. Paguei a vista, pouco mais de R$ 1800,00 (classe econômica), mas você poderá comprar parcelado no cartão de crédito pela internet (www.copaair.com). O valor da passagem varia de acordo com câmbio. Na ocasião, o dólar estava alto. Depois fui a um posto de saúde e me vacinei contra a febre amarela (obrigatória em alguns países, inclusive em Cuba). Sugiro que você leve o cartão de vacinação na viagem, pois se alguém perguntar, é só mostra-lo.

A hospedagem em Havana foi reservada pela internet semanas antes. Descobri um site chamado Hostelsclub.com. Como queria um turismo de experiência, resolvi ficar na casa de família da Fini (Josefina Vila – f43m20@yhaoo.com). Custou cerca de 15 euros por 03 diárias sem café. Paguei 10% (cartão) para reservar no site e os outros 90% paguei em dinheiro (CUC) no check-in. Importante: certifique-se de que as hospedagens sejam autorizadas pelo governo de Cuba, pois tudo por lá é controlado. A casa da Fini é legalizada, perto do centro da cidade e do terminal de ônibus, que facilita sua ida a Varadero e Trinidad, por exemplo.


Texto e Fotos: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com

Cuba - parte II

O embarque, dia 13 de setembro, foi tranquilo.  O voo 737-700 partiu do aeroporto Galeão (Rio de Janeiro) às 12h30. No próprio voo você preenche a HAV (Tarjeta Internacional de Embarque). Não comprei o seguro saúde, pois preenchi uma declaração de saúde dentro do avião. De qualquer forma, siga as orientações do governo cubano e veja mais informações no site: www.asistur.cu.

Fiz uma escala no Panamá por cerca de 2h e aproveitei para comprar o visto (paguei 20 dólares pela VISA - tarjeta de turista – que permite uma estada de até 90 dias no país). Conheci o aeroporto internacional Tocumen e fiz um lanche antes de embarcar para Cuba. Já em Havana, o controle de imigração pediu apenas o passaporte (não carimbam), a VISA e a declaração de saúde (que foi preenchida no voo). Depois de tudo liberado, malas na mão e crente que é só ir embora, alguém (agentes de segurança) poderá te abordar e fazer várias perguntas dentro do aeroporto. Aconteceu comigo. Então, não hesite e responda tudo de novo igualzinho ao setor de imigração. Importante: tenha sempre em mãos uma cópia da reserva onde você ficará hospedado.


737-700 - Copa Airlines
Hospedagem da Fini
Aeroporto José Martí
Como já falava fluentemente o idioma espanhol, não tive problemas com nada. Apresentei tudo que foi solicitado, respondi as perguntas (o que veio fazer? / onde vai ficar? / quantos dias? / tem passagem de volta?) e fui liberada. Segui até uma CADECA (casa de câmbio) no próprio aeroporto e troquei alguns valiosos euros por CUCs (pesos Cubanos Convertíveis). Você paga uma taxa de 10% para trocar a moeda americana. Veja mais informações no site: http://autenticacuba.com/pt-pt/moeda/#axzz38VV1n3rx

A Fini já havia falado por e-mail que era para eu pegar um táxi da empresa Cubataxi, mas acabei aceitando um “transporte alternativo” (coisa de carioca...) por 20 CUCs. Economizei pelo ao menos, 05 CUCs, mas arrisquei ser presa, pois nenhum serviço pode ser oferecido sem o controle do governo. Cadeia para quem oferece (cubano) e para quem usa (turista)! Apesar de a vam estar vazia, não tive nenhum receio, pois em Cuba não há violência como no Brasil. Em poucos minutos, eles (o motorista e o trocador) me deixaram em frente à casa da Fini. Isso já era quase meia noite. Depois de um dia inteiro de viagem, tomei um banho e fui dormir.

Fotos e texto: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com

Cuba - parte III

O dia 14 foi intenso! Acordei cedo e tomei café (pago a parte com custo de 03 CUCs). Antes de sair, a dona da casa pediu meu passaporte. Não entendi bem, mas acabei deixando com ela e levei só a VISA, afinal, estava em Cuba... Antes de me aventurar pela cidade, peguei algumas dicas com Fini e passei em uma CADECA para trocar mais dinheiro. Como queria me ambientar, escolhi passear por Havana Vieja - Património Mundial da UNESCO, com mais de 900 monumentos.

Fui caminhando pela Av. Salvador Allende (uma das principais da cidade) e depois pela Simón Bolívar. No caminho, carros antigos (lindos!), prédios públicos, um shopping (Plaza Carlos III), igrejas, praças e pouco comércio, até que avistei o imponente Capitólio Nacional. Que coisa majestosa! Ele foi sede do governo de Cuba após a Revolução em 1959. Atualmente é sede da Academia Cubana de Ciências. Bem em frente do Capitólio existem carros da década de 50, táxis cocos e charretes para alugar. O preço varia, mas vale muito a pena pechinchar em Cuba.

Carros antigos em frente ao Capitólio
Tradicionais Táxis Coco
Capitólio Nacional - Havana
Continuei caminhando pelo Paseo del Martí, passando pelo monumento em homenagem a Jose Martí ("El apóstol" mártir da independência de Cuba), Escola Nacional de Ballet, Parque dos Namorados, até chegar ao famoso Malecón (equiparado ao calçadão de Copacabana no Rio). A vista é fantástica! Linda! À esquerda, a cidade de Havana, à direita a Fortaleza de San Carlos de la Cabaña e à frente o mar caribenho...

Segui pelo Parque Martires del 71, pela Plaza 13 de Marzo até chegar ao Museu da Revolução. Um imponente tanque de guerra está na entrada para dar boas vindas aos visitantes. Você paga 06 CUCs por cada pessoa e mais 02 CUCs pela máquina fotográfica. Tem cafeteria; exposição permanente com aviões, carros e armas de guerra; centro de informações turísticas e um memorial. Fiquei muito tempo dentro dele, tudo bem explicado (espanhol e inglês) e como li nos tickets da entrada, é: “... donde está toda la historia”. Super recomendo!

Malecón - Havana
Julio Mella, Camilo Cienfuegos e Che
Museu da Revolução
Continuei minha caminhada pela Rua do Museu Nacional de Bellas Artes, conheci o simpático Museu dos Bombeiros (entrada gratuita) e segui pela Calle Obispo, rua do tradicional restaurante El Floridita. O restaurante ganhou fama após a frase do escritor norte-americano Ernest Hemingway: “Mi Mojito en La Bodeguita, mi Daiquirí en El Floridita”. Tomei uma TuKola (a Coca-Cola cubana) e comecei a voltar para a casa da Fini, pois já estava cheia de fome. Minha última parada turística foi na igreja católica Nossa Senhora de Guadalupe.

Antes de chegar à Fini, parei no shopping Plaza Carlos III para comer algo, mas para a minha surpresa não havia restaurantes abertos. Aliás, nem parecia um shopping, não tinha quase nada. Depois entendi que a política econômica cubana não proporciona consumo a ninguém.

Fotos e texto: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com

Cuba - parte IV

O dia 15 já começou com um calor de mais de 30 graus! Tomei café e entrei na internet caríssima da casa da Fini (05 CUCs por meia hora). Aliás, a internet em qualquer lugar é cara. Depois fui trocar mais dinheiro no shopping e desta vez, me pediram o passaporte. Como ele ficou “retido” com a Fini, arrisquei outra CADECA. Consegui trocar sem dificuldade e peguei um táxi para o zoo municipal. Queria conhecer a fauna da região, mas o zoológico estava fechado para manutenção (normalmente ele só fecha as segundas-feiras). Acabei conhecendo o senhor Raul, o porteiro do zoo. Ele me deu várias dicas legais, ou melhor, “ilegais” para conhecer a cidade e acabei indo para o Aquário Nacional (bairro La Copa) em guagua (ônibus coletivo). Troquei uma moedinha de 10 centavos de CUC com uma moradora no ponto de ônibus por pesos cubanos (moeda proibida para turistas) e peguei a linha 179, que me deixou em frente ao aquário.

Aquário de Cuba - Havana
Sorveteria Coppelia - Havana
Espetáculo dos Golfinhos
No Aquário Nacional, além de conhecer toda a rica vida marinha, você poderá desfrutar da bela apresentação dos golfinhos, que acontece pontualmente às 17h. Como cheguei de manhã, passeei pelo aquário e fui almoçar num centro gastronômico que fica bem em frente. Lugar agradável, com boa comida, mas na hora da conta... Eles cobraram mais caro do que deveriam. Como boa malandra - carioca - que sou, já havia anotado os preços do meu pedido. Mandei refazer a conta e aí ficou tudo certo... Voltei ao aquário para o ver o espetáculo dos golfinhos, mas o show foi interrompido, depois de 15 minutos, por causa de uma tempestade, comum nesta época do ano. O pessoal do parque não devolveu o dinheiro da entrada (05 CUCs), mas deixou-me voltar outro dia que não na segunda-feira, pois fica fechado. Mesmo pouco, foi lindo!

Como o calor estava demasiado, então fui para a Heladería Coppelia (bairro de Vedado), ponto de parada dos estudantes em Havana. Além de linda, a sorveteria é contagiante! Senti uma vibração leve, solta, divertida e extremamente interessante. Cheguei mais ou menos 17h, horário de saída das escolas e estava cheia, com fila para entrar, mas foi super rápido. Dica: fique na fila, pois os preços para cubanos são MUITO menores. As mesas são dispostas para grupos de 04 a 10 pessoas e como eu estava sozinha, o recepcionista me alocou com uma galera da Universidade de Havana (08 jovens). Imaginem minha felicidade! Logo fiz amizade e perguntei qual era o melhor sabor. A maioria respondeu: “morango” e foi o que eu pedi... Paguei 25 centavos de CUC (cerca de R$ 0,60) por 04 bolas de sorvete e um copo de água. Amei! Amei! Amei! É um local em Cuba que ninguém pode deixar de ir, famoso pelo filme cubano “Fresa y Chocolate”. Super recomendo!


Mapa: autenticacuba.com
Fotos: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com

Cuba - parte V

O dia 16 foi bem legal. Acordei cedo, tomei o café da manhã (simples da Fini) e fui ao banco trocar mais dinheiro antes de começar minha caminhada a Havana Vieja. Esta parte da cidade é tão bonita e interessante que não dá pra conhecer em um só dia. Fui caminhando até o Hotel Nacional (mais tradicional da cidade, tipo o Copacabana Palace no Rio de Janeiro) em Vedado, bem pertinho do Malecón. Aliás, o Malecón é a principal vista do hotel.  É administrado pelo governo cubano e por isso, o acesso é livre! Só não pude subir aos quartos, mas o restante é maravilhoso! O prédio faz parte do conjunto arquitetônico-militar de Havana e foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1982. Para se hospedar é preciso pagar 120 CUCs a diária, mas vale a pena! É divino...

Depois de tanta admiração no hotel, peguei um táxi coco (o transporte mais turístico de Havana) e segui pelo Malecón até uma loja de charutos cubanos em Havana Vieja – La Casa del Tabaco y el Ron (Calle Obispo esquina com Monserrate). Como nenhum amigo ou parente fumava, comprei apenas licores e um rum da melhor qualidade. Deixei-os guardado na loja para pegar depois. Continuei pela Calle Obispo onde há uma feirinha de artesanatos. Comprei poucas lembrancinhas e segui descendo. Bares, algum comércio, Plaza de Armas, Castillo de La Real Fuerza e personagens folclóricos (reais e históricos) pelo meio do caminho...

Hotel Nacional - Havana
Personagens das ruas de Havana
Artesanatos da rua Obispo
Logo depois da caminhada, peguei um táxi comum e fui visitar o Parque Militar Histórico Morro-Cabaña (06 CUCs). Suas principais atrações são: El Castillo de los Tres Reyes del Morro, construído em 1630, a fortaleza de San Carlos de la Cabaña, de 1774 (onde acontece o canhonaço todas as noites às 21h) e o Cristo de Havana. O Cristo é interessante, mas bem menor (20 metros de altura) que o Cristo Redentor do Rio. O visual é fantástico! Você vê toda a cidade de Havana de um ângulo único! E ainda pode visitar a casa onde Che Guevara viveu (06 CUCs). Tudo bem pertinho, indo a pé mesmo. Dá pra imaginar a emoção...

Depois de mais um dia intenso, a fome bateu e decidi ir ao “Barrio Chino” para comer. Foi uma dica da Fini muito interessante. Super fácil de chegar (fica próximo ao Capitólio). Boa comida (adoro comida chinesa!), bom preço (paguei 04 CUCs por um prato de peixe ensopado, salada e arroz com suco de manga incluído), lugar agradável e todo temático. Comi no restaurante Los Tres Chickitos. Depois fui dormir – exausta, mas mega feliz!

Cidade de Havana
Cristo de Havana
Fortaleza de San Carlos de la Cabaña
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O dia 17 estava reservado a um Safari no Parque Zoológico Nacional (perto do parque Lenin). Fui de táxi e paguei 10 CUCs. Depois mais 05 CUCs pela entrada do Zoo com direito ao Safari. Dei uma volta para ver os tigres de Bengala, os lobos e os primatas e depois parti para a aventura! Um ônibus comum, mas com janelas grandes, nos conduz as maravilhas do Parque Africano: zebras, rinocerontes, elefantes, girafas, hipopótamos, gnus e muitos outros animais incríveis! Emocionante ver animais tão expressivos praticamente soltos, em comunhão com o parque e entre si. Depois de alguns minutos, o ônibus sai do parque africano e entra no Parque dos Leões (pradera africana). Os machos estavam presos, pois não comiam há 15 dias (morri de pena). Só deu para ver as leoas, mas mesmo assim foi emocionante! O ônibus passou correndo e o guia disse que era perigoso. Imagina virar comida de leão em Cuba...

Safari - Zoo Nacional
Praia de Santa Maria
Parque Africano do Zoo
Fiz um lanche no Zoo e parti para Santa Maria, uma das praias mais próximas de Havana, na região leste. Passeio o resto da tarde nesta bela praia de águas quentes, mar azul e transparente. Caribe...

Fotos: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com

Cuba - parte VI


No dia 18 fui conhecer uma das regiões mais encantadoras de Cuba: Trinidad de Cuba (província de Sancti Spiritus). Deixei minha mala na casa da Fini e levei apenas o necessário para poucos dias. Na realidade, a Fini disse que Trinidade de Cuba era melhor que Varadero. Também me deu a dica de uma casa de família de lá (conhecida como Hostel Mimí - mercedesmerino@correodecuba.cu). Sai cedo e fui para o Terminal Rodoviário de Havana (rua atrás da casa da Fini) comprar a passagem que custou 25 CUCs. O ônibus (chinês) da empresa ViaAzul (agência que vende as passagens interprovinciais) era muito confortável e com ar-condicionado. Levei 5h de viagem até Trinidad, cerca de 360 km de distância de Havana. Quando cheguei à rodoviária, um senhorzinho muito simpático, esposo da Sra. Roselia (dona do Hostel Mimí), já estava segurando uma folha de papel com meu nome. Senti-me realmente uma turista estrangeira... Ele gentilmente me levou até a casa, a duas quadras do terminal, e me apresentou a família toda. Todos moram juntos, netos, filhos e dona Roselia, uma senhorinha bem vestida e simpática.

Mais tarde dei uma boa volta pelo pitoresco centro histórico (Plaza Mayor e a Igreja de Santíssima Trindade) e aproveitei para conhecer o Museu Romântico, antigo Palácio do Conde Brunet com móveis e peças de arte decorativa dos séculos XVIII e XIX (02 CUCs por pessoa + 01 CUC pela máquina fotográfica). Deu pra fazer boas fotos do antigo Convento de San Francisco de Asís (postal clássico de Trinidad). O romantismo está por toda parte em Trinidad de Cuba cuja arquitetura, peculiar, é evidente nas ruas de pedras, nas grandes janelas entre a porta das casas e suas fachadas coloridas...

Trinidad de Cuba
Interior do Museu Romântico
Fachada das casas no centro histórico
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No dia 19 acordei cedo, tomei um belo café da manhã e fui comprar um passeio a cavalo (22 CUCs) na Cubanacã (agência de turismo oficial do país). O passeio foi incrível! Trilhas por penhascos, com direito a banho de cachoeira e parada para tomar guarapo (bebida típica feita com caldo de cana e limão). Caldo caro (02 CUCs), mas delicioso...

Quando voltei do passeio já era quase 03 da tarde, mas ainda queria fazer algo na praia. Então decidi ir a Ancón, a praia mais próxima do centro histórico. O taxista me cobrou 07 CUCs, mas valeu a pena. A praia era a coisa mais linda do mundo! Quando começou a escurecer, peguei um trenzinho turístico (02 CUCs na baixa temporada) muito divertido e alegre e voltei para a Mimí. Tomei banho, jantei uma comida deliciosa (arroz, feijão, camarões e abacate, é claro!) e fui descansar. Dia maravilhoso!

Parada do passeio a cavalo
Trem turístico de Ancón/Centro Histórico
Praia de Ancón - Trinidad
 
Texto e Fotos: Barbara Santos – barbaracristinasantosrj@gmail.com